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Acordada

  • Rebeca Elisa Boldt
  • 16 de jul. de 2015
  • 1 min de leitura

3 da manhã. Meus olhos estão abertos. Está escuro, mas eu enxergo cada centímetro do meu quarto, pois ali é meu refúgio. 3 da manhã. Dizem que esta é a hora em que os portões do inferno se abrem e os demônios ficam livres para vagar pelo mundo pela madrugada. Eu não sei se acredito nisso, mas sei que os demônios em minha cabeça estão bem acordados e não me deixam dormir. 3 da manhã. Só mais duas horas para tentar dormir e então ter de levantar e viver a vida. Eu não quero acordar. Não sei se dormirei, mas ainda assim, não quero acordar. Meu olhos acompanham o ritmo da minha mente que trabalha com milhares de problemas ao mesmo tempo. Um turbilhão de sensações. Medos, alegrias, tristezas e simpatias. Minha cabeça lateja, queria que fosse um sonho. Faz tanto tempo que não sonho. Talvez porque já faz tanto tempo que também não durmo, que carrego esse cansaço nas costas e aquelas olheiras roxas tapadas com maquiagem. Meu cansaço é grande, mas meus demônios são maiores…e eles vencem.

 
 
 

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